Uma professora da Universidade Federal Fluminense desenvolveu um aplicativo gamificado, chamado Hora da Libras, para ajudar no aprendizado e interação de crianças surdas.
No Brasil, mais de 90% das crianças que não escutam nascem em famílias de ouvintes e muitas delas acabam tendo um acesso tardio à língua de sinais.
A ideia da professora Priscila Starosky foi usar um aplicativo para que as crianças tivessem um contato mais cedo com a língua de sinais e transformar esse aprendizado em uma experiência mais lúdica, visual e interativa.
Starosky avalia que ainda há muitas falhas na atenção às crianças surdas na área da saúde, por exemplo no diagnóstico de perdas auditivas ainda nas maternidades. A professora destaca a abordagem dos profissionais logo após o diagnóstico que acaba não estimulando o aprendizado da Libras, Língua Brasileira de Sinais.
E mesmo para as famílias que sabem da importância da linguagem de sinais, segundo Priscila Starosky, também há barreiras no acesso à educação.
A professora destaca que a vantagem do aplicativo é o uso da interação e do lúdico para auxiliar as famílias no processo de aprendizado e desenvolvimento linguístico da criança.
De acordo com a professora, o aplicativo está em processo de validação e de aprimoramento. Priscila Starosky disse que uma segunda versão já está em desenvolvimento.
O programa foi desenvolvido em colaboração com o curso de Sistemas de Informação do CEFET de Nova Friburgo e contou com com a participação do curso de Design da Universidade Federal de Pernambuco.
O projeto recebeu recursos do CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, e da FAPERJ, Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.
Fonte: Agência Brasil