A produção industrial avançou, na passagem de março para abril, em seis dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal Regional, do IBGE. Os dados divulgados nesta quarta-feira (11) apontam que Pernambuco registrou o crescimento mais acentuado, de 31,3%. A taxa foi também a maior da série histórica do estudo.
A região Nordeste, que é pesquisada de forma conjunta pelo IBGE, apresentou um avanço de 7,2% na produção. Isoladamente, Goiás, Bahia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina também tiveram taxas positivas. O analista da pesquisa, Bernardo Almeida, observou que, apesar de abril ter sido o quarto mês consecutivo de crescimento, a produção brasileira desacelerou em relação ao mês anterior.
Segundo ele, os fatores que mais impactaram nesse comportamento foram a taxa de juros elevada, que acaba influenciando no adiamento de decisões de consumo, a aceleração da inflação e a renda disponível das famílias. Ele assinalou ainda a queda nos investimentos e o encarecimento do crédito, além de um cenário de incertezas no mercado doméstico e internacional, como pontos negativos para a produção nacional.
Sobre o avanço da indústria pernambucana, Almeida destacou que a influência veio do retorno à produção de algumas unidades que estavam paralisadas e dos setores de derivados de petróleo, de veículos automotores e de produtos químicos. Já São Paulo, estado de maior peso na indústria brasileira, registrou a principal influência negativa do país, com queda de 1,7% em abril na comparação com março.
Para o analista, a taxa negativa da indústria paulista foi influenciada pela queda na produção nos setores extrativo e de produtos químicos e farmacêuticos. Na comparação com abril do ano passado, 11 dos 18 locais pesquisados registraram variação negativa de 0,3%.
No acumulado em 12 meses, o avanço de 2,4% do setor industrial foi acompanhado por 12 das 18 localidades.
Fonte: Agência Brasil