A inflação medida pelo IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, recuou para 0,43% em abril, após registrar 0,56% em março. Ainda assim a taxa é a maior para o mês desde 2023, quando ficou em 0,61%.
Os dados, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE, mostram que, embora tenha desacelerado de 1,17% para 0,82% na passagem de março para abril, o grupo Alimentação e Bebidas foi responsável pelo maior impacto no índice.
Também o grupo Saúde e cuidados pessoais contribuiu. Neste caso, a alta dos preços saltou de 0,06% para 0,16% no período avaliado.
De acordo com o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, o grupo alimentação é o de maior peso no IPCA, por isso, mesmo desacelerando, exerce impacto importante. Em relação à Saúde e cuidados pessoais, ele explicou que a alta foi influenciada pelos preços dos medicamentos.
As principais altas do grupo dos alimentos foram a batata inglesa, o tomate e o café muído. Houve também algumas quedas, como por exemplo, a cenoura, o arroz e as frutas. Em saúde e cuidados pessoais, a variação foi influenciada pelos produtos farmacêuticos por conta do reajuste de até 5,09% autorizado para os medicamentos a partir de 31 de março.
Outros seis grupos pesquisados também registraram taxas positivas. Transportes foi o único a apresentar queda, beneficiado pelo recuo nos preços dos combustíveis e das passagens aéreas.
Com o resultado de abril, a inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 5,53%, enquanto no ano chegou a 2,48%. O IPCA aponta a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 e 40 salários mínimos.
O IBGE também divulgou a inflação para as famílias com rendimentos de até cinco salários mínimos. O INPC, Índice Nacional de Preços ao Consumidor, teve alta de 0,48% em abril. No ano, o acumulado é de 2,49% e, nos últimos 12 meses, de 5,32%, acima dos 5,20% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Fonte: Agência Brasil