Novo relatório do Banco Mundial, lançado neste mês, projeta a diminuição do crescimento em quase 70% de todas as economias mundiais em 2025. De acordo com o documento, o crescimento global deve desacelerar para 2,3% neste ano, quase meio ponto abaixo do projetado em janeiro.
Esse seria o ritmo mais lento desde 2008, ano da crise mundial de empréstimos imobiliários nos Estados Unidos.
Caso as previsões do Banco Mundial para os próximos dois anos se concretizarem, o crescimento médio desta década pode ser o mais lento desde os anos 1960.
Segundo o economista-chefe do Banco Mundial, Indermit Gill, com exceção da Ásia, o crescimento econômico dos países em desenvolvimento, incluindo América Latina, têm diminuído, passando de 6% nos anos 1990 para menos de 4% nesta década.
O estudo publicado agora, em junho, não considera os períodos de recessão e também descarta uma possibilidade futura de recessão global. A principal “culpada” da desaceleração econômica, de janeiro para cá, seriam as tensões e barreiras comerciais, principalmente entre grandes potências, como Estados Unidos e China, e as incertezas políticas em diversos países.
Se as atuais disputas comerciais fossem resolvidas com a redução das tarifas pela metade, em relação aos níveis do mês passado, o Banco Mundial prevê um crescimento global de 0,2 ponto porcentual mais forte.
O relatório também sugere que, embora o Brasil não seja tão fortemente dependente do comércio exterior, por isso, menos impactado pelas disputas tarifárias, ainda assim o país enfrenta desafios. Mesmo com esse cenário, em maio deste ano, o governo federal subiu para 2,4% a projeção de crescimento do PIB de 2025.
Fonte: Agência Brasil